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Transtornos alimentares

  • Aprendizes em Ação
  • 15 de set.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 26 de set.


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Os transtornos alimentares são condições complexas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente de idade, gênero ou origem. Eles são caracterizados por comportamentos alimentares perturbadores, como a restrição alimentar excessiva, compulsão alimentar ou purgação, que podem levar a sérios danos à saúde física e psicológica. Embora muitas vezes associados a questões de imagem corporal, esses transtornos são muito mais do que simples “dietas malfeitas” ou “falta de controle”. Eles são doenças mentais graves que exigem compreensão, diagnóstico adequado e, acima de tudo, tratamento especializado.


TIPOS DE TRANSTORNOS:


ANOREXIA NERVOSA:


Caracteriza-se pela restrição alimentar extrema, medo intenso de ganhar peso e uma percepção distorcida do corpo. Pessoas com anorexia têm uma obsessão em manter um peso abaixo do normal.


SINTOMAS:

  • Perda de peso significativa e inadequada.

  • Medo intenso de ganhar peso.

  • Distúrbios na percepção do corpo (se veem acima do peso, mesmo estando magras).


BULIMIA NERVOSA:


Caracteriza-se por episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos para evitar o ganho de peso, como vômito induzido, uso excessivo de laxantes ou exercícios físicos em excesso.


SINTOMAS:

  • Episódios de compulsão alimentar seguidos de arrependimento.

  • Comportamentos de purgação (vômito, uso de laxantes).

  • Preocupação com o peso e a forma corporal.


TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA (TCAP):


Caracteriza-se por episódios recorrentes de ingestão de grandes quantidades de alimentos em um curto período de tempo, com sensação de perda de controle. Ao contrário da bulimia, a pessoa não tenta purgar os alimentos consumidos.


SINTOMAS:

  • Comer grandes quantidades de alimentos em um curto período de tempo.

  • Sensação de perda de controle durante a alimentação.

  • Sentimentos de vergonha ou culpa após os episódios.


CAUSAS E FATORES DOS TRANSTORNOS DE RISCO


FATORES BIOLÓGICOS


  • Genética: Histórico familiar de transtornos alimentares aumenta o risco.

  • Desequilíbrios Químicos: Alterações nos neurotransmissores (como serotonina) podem influenciar os comportamentos alimentares.

  • Hormônios: Mudanças hormonais (como na puberdade) podem contribuir para esses transtornos.


FATORES PSICOLÓGICOS


  • Baixa autoestima: A insatisfação com a imagem corporal pode desencadear transtornos alimentares.

  • Perfeccionismo: A busca por padrões inalcançáveis de beleza pode gerar restrições alimentares.


FATORES SOCIAIS E CULTURAIS


  • Pressão para se encaixar em padrões de beleza irreais.

  • Influência da mídia e redes sociais (culto ao corpo magro ou musculoso).


IMPACTO NA SAÚDE FÍSICA E PSICOLÓGICA


SAÚDE FÍSICA: Nos referimos a todas as consequências que afetam o corpo da pessoa. Ou seja, o corpo deixa de funcionar bem porque não recebe os nutrientes necessários ou sofre com comportamentos prejudiciais.

  • Desnutrição e carências nutricionais (falta de vitaminas, minerais e energia).

  • Perda ou ganho excessivo de peso.

  • Problemas gastrointestinais (constipação, refluxo, vômitos frequentes).

  • Alterações hormonais (interrupção da menstruação, infertilidade).


SAÚDE PSICOLÓGICA: São as consequências que atingem a mente e as emoções. Isso pode levar ao isolamento social e até a riscos maiores, como automutilação ou pensamentos suicidas.

  • Ansiedade e depressão.

  • Obsessão com corpo, peso e comida.

  • Baixa autoestima e distorção da autoimagem.

  • Isolamento social (afastamento de amigos e família).


TRATAMENTOS NOS TRANSTORNOS

Os transtornos alimentares não têm um único tratamento, porque envolvem tanto o corpo quanto a mente. Por isso, a recuperação precisa de um conjunto de cuidados:


Acompanhamento médico:

O médico avalia os danos físicos causados pelo transtorno (como problemas no coração, ossos, hormônios e desnutrição).

Em casos graves, pode ser necessário até internação hospitalar para estabilizar a saúde.


Acompanhamento psiquiátrico:

Em alguns casos, o psiquiatra pode indicar medicamentos, principalmente quando há ansiedade ou depressão junto ao transtorno.


Acompanhamento nutricional:

O nutricionista ajuda a pessoa a retomar uma alimentação saudável.

O foco não é “fazer dieta”, mas sim reconstruir uma relação equilibrada com a comida.


Grupos de apoio e conscientização:

Compartilhar experiências em grupos de apoio pode dar motivação.

Campanhas de conscientização nas escolas e redes sociais ajudam a reduzir o preconceito e estimular a procura por ajuda.


Os transtornos alimentares são questões sérias que envolvem não apenas o corpo, mas também a mente e os aspectos emocionais do indivíduo. Sua prevenção e tratamento exigem uma abordagem multifacetada, que abrange cuidados médicos, psicológicos e nutricionais. Além disso, o apoio social e o combate aos padrões estéticos irreais que prevalecem na sociedade são essenciais para reduzir os riscos e ajudar as pessoas a recuperarem uma relação saudável com a comida e consigo mesmas.


Com o reconhecimento dos sintomas, o entendimento das causas e a implementação de estratégias de tratamento eficazes, é possível proporcionar uma melhor qualidade de vida para aqueles que enfrentam esses transtornos. Contudo, é fundamental que, como sociedade, continuemos a trabalhar para reduzir o estigma associado a essas doenças, promovendo uma cultura mais inclusiva e realista em relação à imagem corporal.


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Escrito por:


Amanda Alencar


Referências


HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN. Vida Saudável. Disponível em: https://vidasaudavel.einstein.br. Acesso em: 24 set. 2025.


ABTA – Associação Brasileira de Televisão por Assinatura. ABTA. Disponível em: https://www.abta.org.br. Acesso em: 24 set. 2025.


BRASIL. Ministério da Saúde. Portal Saúde – Gov.br. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br. Acesso em: 24 set. 2025.


 
 
 

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