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Redes socias X Saúde mental

  • Aprendizes em Ação
  • 15 de set.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 26 de set.

Vivemos numa era moderna na qual as redes sociais se tornaram um aliado fundamental em nossas vidas, transformando a forma como comunicamos e interagimos com o mundo que nos rodeia. Porém, por trás das vantagens que essas plataformas oferecem, a saúde mental pode ficar comprometida. Quer se trate de uma comparação contínua com outras pessoas ou da exposição a conteúdos negativos, as redes sociais podem desencadear uma variedade de emoções, como ansiedade e depressão. Portanto, reconhecer a influência dessas plataformas é crucial para preservar o bem-estar emocional.


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QUAIS SÃO OS SINTOMAS?


Ansiedade e Depressão:

A exposição a "vidas perfeitas" e comparações constantes pode levar a sentimentos de inadequação e tristeza.

Distúrbios do Sono: a luz azul das telas e o uso antes de dormir podem prejudicar a produção de melatonina, dificultando o sono.

Isolamento Social: paradoxalmente, o uso excessivo pode diminuir as interações reais, gerando sentimentos de solidão.


Baixa Autoestima e Comparação Social:

A constante exposição a outras pessoas pode levar a comparações prejudiciais com a própria vida.


FOMO (Fear of Missing Out):

O medo de estar perdendo algo pode gerar ansiedade e o desejo de verificar as redes constantemente.


Estresse e Sobrecarga:

A pressão para estar sempre atualizado, responder mensagens e a necessidade de estar "online" podem causar estresse digital.


Perda de Foco e Procrastinação:

As redes sociais são fontes de distração que podem prejudicar a concentração em outras tarefas.


Insatisfação Corporal:

Ver constantemente corpos considerados "perfeitos" pode gerar insatisfação com a própria aparência e comportamentos prejudiciais para se encaixar em padrões.


Dependência e Irritabilidade:

O cérebro é estimulado a liberar dopamina com interações positivas. A falta de retorno pode gerar sentimentos negativos e a busca incessante por gratificação.


QUAL É O IMPACTO NEGATIVO DAS REDES SOCIAIS NA NOSSA SAÚDE MENTAL?


As redes sociais rompem barreiras geográficas, nos colocam em contato com pessoas queridas e proporcionam conteúdos para todos os gostos — informativos, educativos e de entretenimento. Porém, há também um lado negativo na relação entre redes sociais e saúde mental. O tempo dedicado a elas pode gerar consequências negativas em vários aspectos, como na percepção sobre a própria vida, autoestima, qualidade dos relacionamentos interpessoais, comportamento alimentar, produtividade da rotina e até no ciclo de sono.


6 DICAS PARA UTILIZAR AS MÍDIAS SOCIAIS DE FORMA SAUDÁVEL


  1. Estabeleça limites de tempo:


Gisele Hedler diz que o primeiro passo para fazer um detox de redes sociais, televisão e outros conteúdos considerados fúteis é estabelecer um limite de tempo. Ela sugere também utilizar aplicativos de monitoramento de tempo de tela para ajudar a manter esses limites.


  1. Priorize conteúdos de qualidade:


Substitua parte do tempo gasto com conteúdos fúteis por materiais mais enriquecedores, como livros, documentários, podcasts educativos e artigos de interesse. Além disso, escolha programas de TV e filmes que tenham valor cultural, educativo ou artístico.


  1. Desenvolva novos hobbies:


Encontre novas atividades de que você goste e que possam substituir o tempo gasto em conteúdos de baixa qualidade, como esportes, arte, dança, pintura, música ou aprender uma nova habilidade.


  1. Pratique mindfulness e meditação:


Segundo Gisele Hedler, praticar mindfulness e meditação pode ajudar a melhorar a capacidade de concentração e reduzir o desejo por distrações fúteis. Existem aplicativos que podem ser úteis para começar essa trajetória de meditação.


  1. Crie um ambiente sem distrações:


Tente reduzir as distrações ao seu redor. Por exemplo, enquanto você trabalha ou estuda, deixe o celular em outro cômodo e desative notificações desnecessárias.


  1. Crie uma rotina:


Gisele Hedler orienta criar uma rotina diária que inclua tempo para trabalho, estudo, exercícios, socialização e relaxamento. "Planejar atividades específicas para evitar cair na tentação de consumir conteúdos fúteis por inércia é uma boa dica", finaliza a especialista.


6 DANOS CAUSADOS PELAS REDES SOCIAIS


  1. Incentivo à compra compulsiva:

Redes sociais significam contatos, um prato cheio para quem deseja captar consumidores. E, dada a quantidade de tempo que as pessoas normalmente permanecem conectadas a essas mídias, aumenta consideravelmente a possibilidade de caírem na tentação de comprar compulsivamente. Isso porque as facilidades dos marketplaces e os inúmeros anúncios enquanto se navega nas mídias sociais visam precisamente agilizar o processo de compra, de modo a fazer com que esse público — que já é bastante propenso a gastar dinheiro comprando via internet — se interesse cada vez mais por diversos produtos, alimentando hábitos de consumo desenfreado.


  1. Aumento da necessidade de aprovação alheia:

Aliado aos danos causados pelas redes sociais, há o fato de que grande parte dos indivíduos utiliza as redes para buscar algum tipo de validação social, ou seja, permanecem muito tempo conectados por sentirem a necessidade constante de aprovação alheia. Como nesses ambientes virtuais já há uma enorme quantidade de pessoas dispostas a opinar (até mesmo sem que isso lhes seja solicitado), as redes sociais acabam produzindo, de uma maneira ou de outra, algum nível de descontrole emocional, que pode se refletir em outras áreas da vida, especialmente a financeira, causando danos muitas vezes irreversíveis.


  1. Insatisfação com a própria vida:

Ninguém expõe momentos ruins da própria vida a nível mundial. Logo, permanecer tempo demais conectado nas redes sociais pode gerar a sensação de que todos estão vivendo muito bem e aproveitando a vida, menos você. Estudos recentes relacionados aos danos causados pelas redes sociais demonstraram que uma em cada três pessoas se sentia pior quando visualizava as redes sociais — em especial quando viam fotos de férias de outras pessoas — e alguns frequentadores de redes como o Facebook que passaram certo tempo conectados se mostraram mais insatisfeitos com a própria vida pessoal.


  1. Queda do nível de atenção cerebral:


Não é segredo para ninguém que qualquer mínima notificação de celular chama a atenção de imediato. Acostumados à presença e à comodidade dos aparelhos eletrônicos, nossa atenção se volta a eles tão logo emitam a menor vibração. Dessa forma, o cérebro se programa para atender ao estímulo produzido pelo celular e retira o foco de atenção de quaisquer outras atividades que se esteja desempenhando. Por exemplo: quantos acidentes de trânsito poderiam ser evitados se alguns motoristas prestassem mais atenção à estrada e não utilizassem o celular enquanto estão ao volante?


  1. Perda da independência do pensamento:


Dentre os danos causados pelas redes sociais, um bastante comum é o “efeito manada”. O instinto humano de ser aceito é algo inconsciente e, portanto, praticamente inevitável. E, se na vida social já somos levados a nos comportar como os demais — seja para que nos sintamos aceitos e acolhidos, ou para não “destoarmos” ou parecermos estranhos perante os demais — imagine essa mesma pressão no mundo virtual, onde a “manada” é exponencialmente maior e a competição por atenção chega a ser cruel. O resultado é a perda gradual da independência do pensamento, pois instintivamente precisamos pertencer ao grupo no qual estamos inseridos.


  1. Multiplicidade de interpretações:

Este último dano pode ser considerado uma das consequências da redução da capacidade de pensar por si mesmo. Basta notar a quantidade de haters dissimulando ódio gratuitamente. E pior: o tamanho da influência que essas pessoas exercem no meio virtual. Pessoalmente, a comunicação verbal vem acompanhada de trejeitos, gestos, entonações e intencionalidades diferentes, que favorecem o entendimento correto de uma mensagem. Já no meio virtual, todo o entendimento se restringe ao que se lê, pura e exclusivamente reproduzido pela linguagem verbal e escrita. Uma vez privados das certezas do que o outro quer dizer, a tendência será a de usar a imaginação numa tentativa de compreender a comunicação que se deseja estabelecer.


Talvez a maior dica de todas seja: Nunca discuta em redes sociais, qualquer que seja o motivo. A comunicação assim, restrita, tende a ser mal interpretada, e todos sabemos que a violência virtual pode ter sérias consequências no mundo real. Uma boa conversa pessoalmente, sempre que possível, é o melhor remédio para garantir a correta compreensão da comunicação, pois ocorre de maneira muito mais organizada, além de não ser passível da ansiedade de alguém que digita movido pela raiva, de forma impensada e compulsivamente, sem controle algum.



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Escrito por:


Pérola Yasmin

Gustavo Marcondes

João Vitor

João Felix

Vitória Machado


Referências


BLOG CONHECIMENTOS DIGITAIS. Efeitos das redes sociais na saúde mental. Disponível em: https://blogconhecimentosdigitais.com.br/efeitos-redes-sociais-saude-mental/. Acesso em: 24 set. 2025.


RAMÍREZ, Pablo. O impacto das redes sociais na saúde mental. A Mente é Maravilhosa. Disponível em: https://amenteemaravilhosa.com.br/impacto-redes-sociais-saude-mental/. Acesso em: 24 set. 2025.


TERRA. 6 dicas para utilizar as mídias sociais de forma saudável. Disponível em: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude-mental/6-dicas-para-utilizar-as-midias-sociais-de-forma-saudavel,74f44eb38b5106dedb5d0db05104826f8l40dywj.html. Acesso em: 24 set. 2025.


PARAZZI, Marcelo. 6 danos causados pelas redes sociais. Disponível em: https://www.marceloparazzi.com.br/blog/6-danos-causados-pelas-redes-sociais/. Acesso em: 24 set. 2025.

 
 
 

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