top of page

Automutilação

  • Aprendizes em Ação
  • 15 de set.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 26 de set.

O que é automutilação?


A automutilação é o ato de ferir intencionalmente o próprio corpo como uma forma de lidar com sofrimento emocional intenso. Normalmente, envolve cortes, queimaduras, arranhões ou mordidas, mas o foco principal não é causar dor física, e sim aliviar sentimentos difíceis de controlar, como tristeza profunda, vazio, raiva, culpa ou ansiedade. Para muitas pessoas, esses atos funcionam como um mecanismo temporário de regulação emocional, mesmo que tragam consequências negativas a longo prazo.


ree

Por que acontece?


Cada pessoa possui motivos próprios para se automutilar, mas é possível identificar fatores comuns que aumentam a vulnerabilidade. Experiências de abuso, seja físico, psicológico, sexual ou verbal, situações de Bullying, preconceitos sociais, problemas familiares ou transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade ou transtorno de personalidade Borderline, podem contribuir para o desenvolvimento desse comportamento. A automutilação também pode surgir em contextos de grande estresse, isolamento emocional ou dificuldades em lidar com emoções intensas.


Entendendo o comportamento


A automutilação é, na maioria das vezes, uma tentativa de enfrentar sentimentos que a pessoa não consegue expressar de outra forma. Não é um ato de manipulação ou atenção; é uma expressão silenciosa de sofrimento. Muitas vezes, quem se machuca procura por algum alívio imediato para emoções que parecem insuportáveis, e isso cria um ciclo difícil de interromper sem apoio adequado.


Impactos emocionais


Além da dor física, a automutilação gera consequências emocionais profundas. Quem se envolve nesse comportamento pode sentir vergonha, culpa e medo de ser descoberto. Esses sentimentos podem reforçar o isolamento, a baixa autoestima e o estresse emocional, agravando ainda mais o quadro de sofrimento. A prática frequente também aumenta o risco de desenvolver transtornos mentais associados, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático, e, em alguns casos, pensamentos suicidas podem surgir, exigindo atenção imediata.


Diagnóstico


O diagnóstico é realizado exclusivamente por profissionais de saúde mental, por meio de entrevistas e análise do histórico do paciente. Não existem exames laboratoriais específicos para detectar automutilação. Durante o acompanhamento, o especialista avalia a presença de outros transtornos, padrões de comportamento e fatores emocionais, buscando compreender os motivos subjacentes e a frequência com que ocorrem os atos de automutilação.


Tratamento


O tratamento da automutilação foca no suporte psicológico, ajudando a pessoa a compreender suas emoções e desenvolver formas mais saudáveis de lidar com elas. A psicoterapia, especialmente abordagens como a terapia cognitivo comportamental, auxilia na identificação de gatilhos, na regulação emocional e na criação de estratégias de enfrentamento. Em casos mais graves, pode ser necessário acompanhamento psiquiátrico e uso de medicamentos, como antidepressivos ou ansiolíticos, sempre combinados com o suporte terapêutico.


Desenvolvimento de estratégias de enfrentamento


Para reduzir a necessidade de automutilação, é importante aprender maneiras alternativas de lidar com o sofrimento emocional. Atividades físicas regulares, práticas de relaxamento, expressão artística, escrita ou hobbies que promovam foco e concentração podem ajudar a canalizar emoções de forma saudável. Estabelecer rotinas de autocuidado, como sono adequado e alimentação equilibrada, também fortalece o bem-estar emocional e físico.


Grupo de risco


Adolescentes e jovens estão entre os grupos mais vulneráveis, devido às mudanças físicas, hormonais e emocionais características dessa fase da vida. A dificuldade em lidar com transições, pressões sociais e escolares, além da busca por identidade e autonomia, aumenta a probabilidade de recorrência desse comportamento. No entanto, a automutilação pode ocorrer em qualquer idade e não deve ser subestimada.


Como familiares e amigos podem ajudar


O papel da família e da rede de apoio é fundamental. Conversas abertas, acolhedoras e sem julgamento ajudam a pessoa a se sentir compreendida e segura para compartilhar suas emoções. É importante reconhecer a automutilação como um pedido de ajuda e evitar críticas ou punições, que podem aumentar sentimentos de vergonha e isolamento. Incentivar a busca por ajuda profissional e criar um ambiente de confiança são passos essenciais para a recuperação.


Dicas para lidar com a automutilação


  • Identificar situações ou emoções que desencadeiam o comportamento;

  • Substituir a automutilação por atividades alternativas e expressivas;

  • Buscar suporte profissional regular;

  • Manter rotina de autocuidado físico e mental;

  • Estabelecer uma rede de apoio confiável de familiares, amigos ou professores;

  • Praticar técnicas de relaxamento e manejo do estresse.


ree

 

Escrito por:


Arthur Camacho

Laura Petenuci

Maria Clara Doroteio

Mariana Alves


Referência


Automutilação: o que é, causas e tratamentoshttps://psicoter.com.br/automutilacao/Prevenção e vida. Automutilação como parar de se machucar, 2020. Disponível em : https://prevencaoevida.com.br/noticias/automilação/como-parar-de-se-machucar-veja-solu/. Acesso em 12/09/2025

 
 
 

Comentários


Promovendo cuidado do físico ao mental, e o bem-estar em sua jornada.

Conexão Saúde

Website desenvolvido por Arthur Seule, Brendha Procopio e Lemuel Oliveira.

© 2025 by Conexão Saúde. Powered and secured by Wix

 

bottom of page